Pesquisa com 1,3 mil pessoas mostra que 93% se confundem no cálculo entre sal e percentual de sódio.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda até 6 gramas de sal por dia, uma colher de chá e a Sociedade Brasileira de Cardiologia recomenda até 5g. Vale esclarecer que cada 1 grama de sal equevale a 39,3% de sódio, ou seja, se atualmente podemos ingerir até 5g de sal/dia então isto equivale a 1,965g de sódio/dia.
O sódio é encontrado não só no sal de cozinha, mas também em vários outros alimentos: azeitonas, coca-cola, biscoitos, pães, etc. Para aumentar a confusão, o sódio não está apenas em alimentos salgados, mas também em conservantes (nitrito de sódio e nitrato de sódio), adoçantes (ciclamato de sódio e sacarina sódica), fermentos (bicarbonato de sódio) e realçadores de sabor (glutamato monossódico).
O sódio é de relevante importância para o nosso organismo, ele participa no controle de água no corpo, na entrada e saída de substâncias das nossas células e também no controle de funções vitais como os batimentos do coração, transmissão de impulsos nervosos e movimentos musculares.
O excesso de sódio pode acarretar em disfunções no organismo humano como: hipertensão arterial, insuficiência renal e doenças cardiovasculares.
Primeiro passo para evitar a ingestão em excesso de sódio é ler os rótulos dos alimentos. Em um estudo realizado pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia com 1.294 hipertensos mostrou que 93% deles não sabem fazer a relação entre o sal e o sódio descrito nas embalagens de alimentos. Pior: 75% nem sequer leem os rótulos e 45% não sabem que os produtos industrializados podem conter sal.
Estudo recente no New England Journal of Medicine apontou que diminuir o consumo de sal pode reduzir doenças cardiovasculares tanto quanto parar de fumar, combater a obesidade e controlar o colesterol. O problema é que a tabela nutricional das embalagens não informa a quantidade de sal e sim a de sódio - um dos componentes do sal de cozinha e o verdadeiro causador da pressão alta.