quarta-feira, novembro 04, 2009

Pesquisa reprova 60% das marcas de feijão consumidas no País!


Luciana Rebouças l A TARDE

Fernando Vivas

O feijão, alimento comum no prato dos brasileiros, teve 60% de suas marcas reprovadas na pesquisa do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). Das 33 marcas avaliadas, o principal problema foi o feijão apresentar uma qualidade inferior à divulgada na embalagem, além deste caso, 20% das marcas continham larvas e insetos.

Nas embalagens de feijão, é possível ver a classificação tipo 1, 2 ou 3. O tipo 1, de melhor qualidade, cozinha mais rápido e é mais caro. Vera Lucia Barral, sanitarista do Idec e coordenadora da pesquisa, alerta que esta informação presente no rótulo deveria ser fiel ao produto vendido. “Isto representa um prejuízo para o consumidor, já que não é bem aquilo que ele queria comprar”, argumenta Vera.

As 33 amostras analisadas foram recolhidas em nove estados, sem repetição de nenhuma marca para ampliar a perspectiva dos consumidores. Na Bahia, as três empresas recolhidas, Padim, Peg Pag e Tio Neco não passaram no teste. As três divulgaram um tipo de feijão no rótulo e comercializam outro tipo inferior.

Elas foram consideradas “desclassificadas”, pior do que o rebaixamento apenas do tipo. Nestes casos, elas não poderiam ser comercializadas por apresentarem defeitos graves na qualidade do grão. Na Padim e na Peg Pag, o Idec também encontrou insetos vivos nas embalagens.

Ao levar um produto inferior, já que o tipo 2 e 3 é um feijão mais velho, o consumidor também perde em qualidade nutricional. “Ele não vai ter o mesmo teor de ferro e não vai ser tão saboroso como o tipo 1”, explica Aline Lima, coordenadora do curso de nutrição da Universidade Salvador (Unifacs). Segundo Aline, o grão também ficará mais tempo de molho e precisará de mais tempo para cozinhar.

A boa notícia é que todas as amostras de feijão passaram no teste que mede a contaminação por fungos.


Conheça as marcas avaliadas e os respectivos resultados:


Batista: Desclassificado

Bom Preço: Problemas com o tipo, que apresenta percentuais de defeitos graves, e com a presença de insetos vivos

Blue Ville: Em conformidade

Broto Legal: Em conformidade

Caldo Bom: Em conformidade

Caldo Nobre: Em conformidade

Camil: Em conformidade

Carrefour: Em conformidade

Combrasil: Registra tipo 1, mas é tipo 2

Extra: Em conformidade

Feijão da Casa: Registra tipo 1, mas é tipo 2

GL: Em conformidade

Grão de Minas: Em conformidade

Great Value: Em conformidade

Kicaldo: Problemas com o tipo, percentuais de defeitos fora do limite de tolerância, e com a presença de larvas

Líder: Desclassificado e com presença de insetos vivos

Máximo: Em conformidade

Namorado: Em conformidade

Nobre: Registra tipo 1, mas é tipo 3

Oriente: Desclassificado e com presença de insetos vivos

Padim: Desclassificado por causa do tipo, que apresenta percentuais de defeitos graves, e com a presença de insetos vivos

Peg Pag: Desclassificado por causa do tipo, que apresenta percentuais de defeitos graves, e com a presença insetos vivos

Pink: Em conformidade

Poupe Mais: Em conformidade

Primavera: Registra tipo 1, mas é tipo2

Tio Beto: Registra tipo 1, mas é tipo 3

Tio Neco: Desclassificado por causa do tipo, que apresenta percentuais de defeitos graves

Tryumpho: Em conformidade

Turamã: Desclassificado e com presença de insetos vivos

Turquesa: Em conformidade

Vô Cidi: Em conformidade

Zaeli: Em conformidade

Zaffari: Registra tipo 1, mas é tipo 2

*Fonte: Idec

Leia reportagem completa na edição impressa do Jornal A Tarde desta terça-feira, 03 de novembro de 2009.

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